Assistindo aos depoimentos de Emílio Odebrecht, nesse impressionante “documentário” com as delações premiadas da empreiteira, chama atenção aquele que está ao seu lado em tempo integral: o advogado Adriano Maia. Ele fica nervoso, se acalma, se mexe na cadeira, bota a mão no rosto, enfim, uma verdadeira mecânica corporal – certamente falando muito por si só. Maia, às vezes, nem piscava diante de frases do empreiteiro que nos tirava da cadeira, talvez de fazer corar qualquer um daqueles considerados os maiores corruptos da história. Aí, a determinada altura, a cara do advogado, com o corpo cansado, começa a reagir, demonstrando sentimentos – é o humano aparecendo. Resumo: nunca se mentiu tanto, nunca se roubou tanto, nunca se desprezou tanto a inteligência dos outros como no Brasil, de jeito nenhum!
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