O cineasta José Padilha fez sessão especial de seu novo “7 dias em Entebbe”, nessa segunda-feira (19/02), durante a 68ª edição da Berlinale, no Festival de Berlim – há 10 anos, o diretor ganhou o Urso de Ouro com “Tropa de elite”. O novo longa recria a história do resgaste de passageiros de um avião da Air France sequestrado por um grupo pró-palestino e desviado para o aeroporto de Entebble, em Unganda, em 1976. Padilha foi destaque nos sites internacionais, mas dividiu opiniões dos críticos durante a sessão: segundo o The Hollywood Reporter, de um lado, alguns torciam o nariz para as escolhas estéticas do cineasta; do outro jornalistas que se encantaram pelo ritmo acelerado da narrativa.“7 dias em Entebbe”, que foi rodado em cenários construídos na ilha de Malta, é estrelado pela britânica Rosamund Pike e o alemão Daniel Brühl, que interpretam Brigitte e Wilfred, dois extremistas alemães simpatizantes da causa palestina. A estreia do filme no Brasil está prevista para maio.
Padilha tem enorme projeção no exterior depois do remake de “RoboCop”, da série “Narcos”, sobre Pablo Escobar, e dia 23 de março lança outra produção pela Netflix, “O Mecanismo”, sobre a operação Lava Jato. Perguntado sobre a série, ele disse: “Estamos com um olhar não ideológico, nada marxista ou capitalista, mas para o que realmente aconteceu – como as empresas e os políticos se uniram para basicamente criar um processo de roubar dinheiro público. Acredito que os políticos retratados vão assistir a série atrás das grades”.