“Acredito que a vida no Brasil teria sido mais difícil pela falta de oportunidades e pelo racismo. Quando retornei em 2009, já com um bom currículo, eu sempre recebia ‘não’ das empresas em candidaturas que tinham minhas fotos, mas era chamada para entrevista quando mandava CV sem foto. Isso doía”.

Da advogada Delaine Kühn, 42 anos, que saiu do subúrbio carioca e ganhou o mundo com uma trajetória de sucesso. Ela mora na Alemanha e tem licença plena para exercer a profissão, atua na defesa de mulheres e imigrantes e é vereadora distrital. 

“A literatura não tem como único objetivo que o mundo se lembre e aprenda sobre o Holocausto, mas também combater a indiferença, a intolerância e a atitude daqueles que acham aquilo não lhe diz respeito. Ao nos tornarmos solidários com os prisioneiros da intolerância, estamos condenando os perpetradores do ódio e seus carcereiros”.

Da historiadora Silvia Lerner, autora do livro “A música e os músicos em Tempos de Intolerância: o Holocausto” (Editora Rio Books), que será lançado na Travessa do Shopping Leblon, dia 23 de outubro. Ela é filha de pais sobreviventes do Holocausto.