Depois da Operação Herodes, a maior já feita no Brasil contra clínicas clandestinas, jogando a Mafia do Aborto aí na cara de todo mundo, precisamos saber a posição de Aécio Neves e Dilma Rousseff sobre o assunto, não acham? O silêncio dos candidatos à Presidência sobre o tema é um mistério – ou até mais, uma omissão imperdoável.
Pelo menos 300 mulheres morrem por ano, das quase um milhão que pratica o aborto ilegal no País. Para o pedido de aborto ser aceito diante da lei e permitido em hospitais públicos, a gestante tem que provar que foi estuprada, que o feto é anencéfalo ou sua saúde está tão comprometida com a gestação que ela corre risco de morrer. Quem tem condições financeiras consegue um acompanhamento médico digno desse nome e faz o procedimento com internação, sedação e raspagem do útero; as outras se arriscam a fazer parte das estatísticas fatais em clínicas clandestinas, onde frequentemente é usada uma agulha de tricô, uma cânula de plástico ou até um talo de couve introduzido pelo colo do útero, para furar a bolsa que abriga o embrião. Creia: a intenção é provocar uma infecção, para que o útero espontaneamente expulse o seu conteúdo. Porém os restos de tecidos que permanecem na cavidade uterina causam septicemia e risco de hemorragia. Quando feito em hospital, o aborto é mais seguro; fora dele, o risco é cem vezes maior. No entanto, pelas leis brasileiras, a mulher que se submete ao aborto corre o risco de ser punida com pena de um a três anos de prisão.
Ano passado, o Conselho Federal de Medicina encaminhou sugestão para que o assunto entrasse na reforma do Código Penal e que a mulher tenha autonomia para decidir sobre sua gestação até o terceiro mês de gravidez, quando o sistema nervoso do feto ainda é muito primitivo e a interrupção da gravidez não apresenta riscos para a mãe.
Independentemente da posição moral de cada um, o silêncio não é a melhor maneira de tratar o assunto, quando sabemos que o aborto já é a quarta causa de morte das gestantes e que uma em cada cinco brasileiras deve recorrer a esse procedimento pelo menos uma vez na vida. O melhor dos cenários seria prevenir a gravidez indesejada, mas até mesmo as mulheres mais esclarecidas podem ser surpreendidas. O problema não é só filosófico nem policial: é de saúde pública; portanto é inimaginável que o aborto esteja de fora da discussão política neste momento da campanha eleitoral.
Aécio vai derrotar a Dilma, mesmo ela sendo apoiada por Sarney, Lulla, Colllor, Renan, Roriz e Luiz Estevão.
Quero ver se a Lu vai censurar o meu comentário.
Dilma vai derrotar o Aécio,mesmo ele sendo apoiado por Sarney, Pastor SILAS MALAFAIA, Levy Fidelix, Eduardo Azeredo (gestor do mensalão TUCANO) César MAIA (REJEITADO PELO POVO CARIOCA. Quero ver se a Lu vai censurar o meu comentário.
DILMA 13
Perguntar não ofende: a colunista tentou ouvir os dois candidatos sobre a questão ou este “post” resume-se a uma mera percepção do que é divulgado em toda a mídia?